01/02/2016

Tsunami no Oceano Índico – Contexto Tectónico

Tsunami no Oceano Índico – Contexto Tectónico 

No dia 26 de Dezembro de 2004 ocorreu, no oceano Índico, o mais violento sismo dos últimos 40 anos, originando consequências trágicas em muitos países desta região. O sismo, cujo epicentro se localizou próximo da ilha indonésia de Sumatra, originou um tsunami (do japonês tsu, “porto, ancoradouro” + nami, “onda, mar”) que, espalhando um cenário imenso de destruição e caos nos países do Índico, também originou a perda de milhares de vidas humanas e a existência de milhares de feridos e de desalojados. O contexto tectónico da região onde se verificou este sismo é muito particular dentro da Teoria Tectónica de Placas. Dada a grande divulgação que o assunto mereceu ao nível dos meios de comunicação social, face às consequências nas regiões afectadas, é pertinente referenciar o contexto tectónico associado à elevada sismicidade da região onde está localizada a ilha de Sumatra. Algumas margens continentais apresentam uma forte actividade sísmica e vulcâ- nica, uma vez que estão situadas na vertical de uma zona de subducção (ou plano de Benioff ou Wadati-Benioff). A existência de um arco vulcânico, também designado por arco magmático, é um dos elementos geomorfológicos que caracterizam este tipo de margens. Os arcos vulcânicos podem apresentar-se de três modos distintos: 1. Arco situado numa margem continental propriamente dita – quando se instalam num bordo emerso de um continente (exemplo: Andes); 2. Arco insular com substrato continental – estão separados do continente vizinho por um mar marginal (exemplo: Japão, Nova Zelândia); 3. Arco do tipo intermédio entre os dois anteriores – tipo de arco característico das penínsulas continentais activas e emersas (exemplo: Camechatca, Aleutas Orientais e Alasca Ocidental) ou de verdadeiro bordo continental, mas imerso (exemplo: Indonésia).

Fonte: Geologia 12, Porto Editora

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